quarta-feira, 27 de abril de 2016

A Sereia - Kiera Cass


Já imaginou se durante um cruzeiro com sua família de repente você escutasse um som envolvente, uma música doce que a fizesse esquecer de tudo e apenas se jogar no mar? E se ao seu lado pessoas sorridentes corressem para o nada desejando ardentemente atender ao chamado? E se visse seus próprios pais fazendo o mesmo e não pudesse impedi-los?

Kahlen vê sua vida mudar drasticamente depois que encontrou duas garotas lindas no meio do mar enquanto aquele pandemônio acontecia bem ali ao seu lado. Elas estavam flutuando sobre a água, ofereciam uma vida nova, sem doenças, machucados ou velhice, parecia boa demais se não fosse por um único motivo. Deveria esquecer de sua família, perderia todo e qualquer vínculo com humanos, não poderia usar sua voz para se comunicar publicamente, apenas para cantar a canção quando chegasse a hora certa. 

Já parou para pensar que a Água além de ser viva, pode amar? Sim ela pode, tanto que é ela quem cria as Sereias e as extermina quando não se comportam. É uma espécie de mãe, logo as sereias são irmãs. 

Kahlen não pensou duas vezes, queria muito viver, estava só, nem sinal de seus pais ou irmãos, estava assustada e só queria sair o mais rápido possível daquele lugar onde pessoas sorridentes e sonhadoras afundavam em um mundo desconhecido e úmido ansiando por belezas inimagináveis. 

Como tudo na vida tem um preço, a vida de Sereia não seria diferente, ao aceitar ser transformada Kahlen deveria cumprir uma triste sentença de 100 anos sem envelhecer, ficar doente ou conversar com qualquer mortal, sua voz, agora sua arma letal era venenosa, bastava um humano escutá-la para atirar-se ao mar sem pestanejar. Viver os 100 anos até seria agradável se a parte ruim não existisse: vez ou outra elas teriam que cantar quando a Água precisasse se alimentar e isto incidia mais ou menos de seis em seis meses, desta forma acontecia um naufrágio e assim as vidas ceifadas salvariam milhares de outras que seriam poupadas pela Água sem acontecer tsunamis e terremotos, ou, qualquer tipo de catástrofe natural. 

Para Kahlen já havia se passado 80 anos, 80 longos anos em que ela chorava por dias depois de cantar, montava cadernetas com todas as pessoas que afundavam junto com os navios que precisava aniquilar e desta forma sentia-se uma verdadeira assassina solitária e triste. Nada a deixava animada e por esta razão ela e suas irmãs Elizabeth e Miaka mudavam-se constantemente de país. Miaka esquecia sua mágoa nas artes, pintava séries inteiras e vendia conseguindo um bom dinheiro, já Elizabeth saia com todos os garotos bonitos que encontrava. Só a pobre Kahlen tinha uma existência infeliz e solitária. 

Então certo dia enquanto estava na biblioteca da faculdade conheceu Akinli que começou a se interessar por ela, uma pobre garota linda e muda... 

O que será que acontece com os dois? Ficarão juntos? E se Kahlen em um beijo apaixonado soltasse uma única palavra “uau” o que aconteceria com Akinli? Como explicar para o irmão dele, Ben e sua cunhada Julie que queria muito ficar com Akinli, mas para que ele pudesse viver ela precisasse desaparecer? 

Estas e outras informações você descobrirá acompanhando a penosa jornada de Kahlen e Akinli. Posso contar uma coisa? AMEI o livro, gostei muito do final e quero sim ler mais livros da Kiera rs... 

Boa leitura queridos...
 

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