sexta-feira, 18 de maio de 2018

Histórias de Vô

Ontem eu cheguei em casa disposta a escrever bastante. Primeiro um texto para o blog que anda meio deixadinho de lado e segundo um conto que estou devendo para a Su e terminar um manuscrito para ser lançado ainda neste ano 😍

O que acham que eu fiz??? Isso mesmo, fiquei conversando com a minha mãe sobre as histórias malucas que meu avô contava. Eu até comecei a escrever uns textos uma vez para fazer um livro, mas não sei se terei material suficiente para um livro, talvez o encaixe em um livro de contos, ainda estou amadurecendo a idéia...

As histórias macabras que meu avô contava eram sempre de assombrações que ele encontrava pela estrada, tarde da madrugada quando estava a caminho de sua casa. Agora eu te pergunto, porque as pessoas que moram mais afastadas da cidade, aquelas que geralmente pegam estrada de terra e sem iluminação veem este tipo de coisa? Meu avô dizia piamente ter lutado com um lobisomem, ele não viu o ser, mas ouviu o seu urro e o apunhalou várias vezes sem conseguir matá-lo, até que ele entrou no mato e sumiu.

Ele contava também que via coisas quando atravessava o cafezal, fora as vezes em que precisava passar pela porteira da casa do vizinho morto e o via na frente da casa, ou, ao lado da porteira em que ele tinha que passar. Histórias estranhas, com desfechos bizarros e atormentadores.

Os antigos sempre tem algo inusitado para contar, foi uma pena eu não o ter conhecido, ele faleceu quando minha irmã mais velha tinha apenas 1 ano. Creio que eu teria adorado conversar com ele e ter perguntado todos os detalhes que me deixam curiosa, ele teria sido para mim, uma fonte inesgotável de informações para meus contos e livros.

Então, no meio desta conversa sobre fantasmas, espíritos e vizinhos mortos, minha vontade de abrir a porta que vai para o quintal, pegar a vassoura e varrer a casa foi embora para o espaço kkkk
Sabemos que não há nada do lado de fora, mas e a coragem para ir até o lado de fora? Depois não teve jeito, precisei ir lá fora ver se a tartaruga estava dormindo na parte coberta, o vento gelado da noite foi o único argumento que me fez abrir a porta do corredor... Vivendo e aprendendo...