Bom,
não sei bem por onde começar... Vejamos... Todo o envolto por trás da série é
surpreendente! Sofrer bullying e ainda por cima criar uma história encantadora
não é para qualquer um não e a Letícia conseguiu unir os dois e criar algo
extraordinário. Nossa sociedade hoje em dia romanceia muito esta questão de
depressão, as pessoas estão banalizando coisas importantes e que merecem toda a
nossa atenção. Achei sua garra e sua força incríveis, você deu a voltar por
cima e nos brindou com este romance delicioso...
Sabe aqueles livros que começam em
uma época bem distante da nossa? Com caça às bruxas e queima das mesmas na
fogueira em praça pública? O nosso livro começa bem aí e depois de algumas
explicações para entendermos o que se passa voltamos para os dias atuais.
Nossa protagonista se chama Julianne
Ipswich, ela mora em um internato na Suíça o Le Rosey desde os 8 anos de idade,
não tem muitas lembranças de sua infância, mais precisamente de sua família, as
lembranças de família que ela possui são as que adquiriu com a professora de
história Eliina e seu marido Jansen que a tratavam como filha. Algumas coisas
ela achava meio estranhas como o fato de eles optarem sempre por passear na floresta
gelada enfrentando todo aquele inverno rigoroso, quando a maioria das pessoas
preferiam sempre fazer passeios na época do verão.
Alguns fatos sobre a sua família
também chamavam a atenção de Julianne, ela se sentia como uma peça deslocada
entre eles, havia sim algumas semelhanças entre sua mãe e ela como os cabelos
loiros, a estatura baixa e os lábios carnudos. Do pai ela herdara os olhos
verdes e o corpo. Não se parecia com suas irmãs que eram muito belas e uma
coisa que a intrigava sempre era o fato de seus pais assim como sua professora
Eliina nunca demonstrarem a passagem do tempo... Como eles conseguiam se cuidar
tanto desta forma?
Um dia a diretora do internato a
chamou em sua sala para comunicar que no dia seguinte ela estaria retornando
para sua casa finalmente depois de tantos anos longe do convívio deles, ela
ficou bem fascinada com a idéia de poder viver em família, mas ao mesmo tempo
seu coração doía pelo fato de deixar Eliina sua mãe do coração e sua amiga
Charllote. Ela queria ir para os seus, mas não queria deixar os seus outros
seus...
Nesta mesma noite, sua professora e
o marido foram até o quarto de Julianne, eles precisavam contar algo muito
importante antes que ela fosse embora e o momento oportuno era aquele.
Começaram com uma história diferente, queriam saber se ela nunca achou estranho
os passeios nas épocas mais frias, o fato de sempre estarem cobertos de roupa
da cabeça aos pés e se nunca reparou que eles eram muito brancos com a
coloração dos olhos que mudava de cor, quando estavam próximos de superfícies
verdes ou azuis eles ficavam com a mesma coloração, já nesta noite estavam
cinza.
Julianne achou toda aquela conversa
meio estranha até ser surpreendida por algo que ela nunca esperou ouvir nos
dias de hoje: vampiros! Todos sabem que vampiros não existem, que são lendas,
que não passam de contos aterrorizantes para nos fazer ter pesadelos a noite,
mas naquele momento algo bem esquisito estava acontecendo e Julianne não queria
fazer parte.
Esta é apenas uma pequena degustação
do que vem por aí, Julianne está indo para casa agora com o seu pai, estão
tentando ter uma conversa no avião, já que depois de tantos anos de distância,
o que era para ser festivo tornou-se algo triste e trouxe mágoa e raiva por ter
sido deixada de canto durante todos estes anos e é exatamente isso que ela está
expressando em forma de respostas curtas e ríspidas.
Letícia amei de paixão este
comecinho tão especial pena que 32 páginas não deram nem para o começo rs... E
que dia 13 chegue bem rápido porque agora não vou conseguir esperar tanto tempo
para terminar!