O
denominado “jogo” Baleia Azul ou Blue Whale, é uma tendência que surgiu na
Rússia em 2015 e infelizmente tem se alastrado pela internet em grupos fechados
nas redes sociais (facebook e VKontakte) e que abarcou aqui em terras
Tupiniquins, causando grande frisson entre os jovens e adolescentes.
Para entender melhor esta propagação, que
na realidade era um fake news, algo que não existia, passou a existir!
Este é um tipo de notícia que gera um “efeito
contágio”, que na realidade, nada mais é, do que um fenômeno com consequências
reais e não virtuais e que existe muito antes da internet, sabe, a tão famosa
histeria coletiva? Infelizmente este efeito contágio é muito comum entre jovens
e adolescentes, por serem mais suscetíveis nesta fase, quando as emoções estão
à flor da pele e os hormônios em constante ebulição.
O pior é que mais de 130 casos de suicídio
podem ter alguma relação com este jogo viral.
Para jogar precisa receber o convite. Existe
uma pessoa por trás da tela que dita as regras e o jogador, precisa acatar e
postar nas redes sociais de forma subliminar a missão concluída com êxito. No
total são 50 desafios e o último culmina por fim à própria vida. São coisas grotescas
como sentar no alto de uma ponte e ficar com as pernas penduradas, subir em
cima de um telhado o mais alto possível e ficar 22 minutos, fazer cortes com
uma navalha sobre as veias e por aí vai...
Nossos jovens e adolescentes precisam
entender que não são obrigados a praticar nenhum tipo de desafio bizarro, com
certeza ninguém irá atrás de suas famílias, é balela acreditar que eles te conhecem
e sabem onde você mora e, se houver um tipo de ameaça deste porte, é só
comunicar as autoridades, falar com o responsável, ou até mesmo um professor.
Uma pessoa, no caso o “curador” que
instiga outras a se machucar, mutilar e tirar a própria vida, não está nem um
pouco interessado em ajudar. Isto não é um jogo, é assassinato velado. Como
pode ser legal, praticar algo que o faça ficar doente? Usar navalha, faca,
subir em telhados, andar por vias férreas não é corajoso, é suicida.
Descobri recentemente que existe sites e
grupos pela internet, de pessoas que incentivam estas práticas, como venenos
letais, duração e efeitos no corpo e até mesmo como deixar o corpo para ser
encontrado depois e tantas outras informações inúteis. No livro da Gayle “Eu estive aqui” ela conta a história de uma garota que infelizmente tirou a
própria vida, por intermédio de grupos assim. O livro foi baseado em um caso
real e eu fiquei devastada quando descobri que existem pessoas que se valorizam
tão pouco, valendo-se de pessoas abaladas psicologicamente.
Dizer que ninguém irá sentir a sua falta e
que por esta razão, o suicídio será um alívio para ambos os lados é a maior
mentira que estas pessoas pregam. É claro que você é insubstituível e necessário.
Todos temos problemas e todos sofremos, para isso existem os amigos, parentes,
professores, vizinhos, ongs, igrejas e grupos de apoio, para você conversar, relaxar
e extravasar suas queixas. Existem muitas pessoas boas, salpicadas no meio
desta minoria que só quer o seu mal.
Gente, a internet é fantástica se você
sabe aproveitar todos os recursos bons que ela tem para te oferecer. Vamos
fazer um trato? Nada de guardar o que está entalado na garganta e no peito só
para si, aprenda a dividir suas emoções com pessoas que realmente querem o teu
bem. Não é porque todo mundo está “pulando do penhasco” que você deve fazer
igual. Mostre o seu valor, mostre que é forte e que ninguém tem o direito de
mandar em você. Você é único! Existe um mundão aí fora, cheio de oportunidades
para você explorar, basta saber dividir com quem merece.
Não vou deixar os 50 desafios aqui, porque
não são importantes e nem relevantes, são até bobos e sem sentido, coisa de
quem não tem o que fazer e coloca qualquer tranqueira na internet.
Agora, nada de ficar de bobeira pelos
grupos cumprindo desafios tolos, porque no final das contas, eles não provam
nada sobre a pessoa incrível que você é!
#eudigonaoabaleiaazul