sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

5 hábitos que estragam o sono...

 Ambiente desfavorável - Erro comum de quem dorme mal a noite. Devemos preparar o terreno para uma boa noite de sono. Nada de quarto bagunçado, temperatura inadequada, ruídos desnecessários (tratar ronco do parceiro, usar protetor auricular, janelas anti-ruídos, etc...). Também atentar para o tamanho e qualidade do colchão, travesseiro, roupas de cama, etc...
 
 
Estimulante após às 18h00 - Algumas substâncias estimulam diretamente o sistema nervoso central e tendem a inibir o sono. A cafeína é a mais importante delas. Devemos evitar consumo de café, chá mate, chá preto, refrigerantes de cola, chocolate em excesso e mesmo medicamentos que contenham cafeína em sua composição, principalmente após às 18h00.

 Alimentar-se antes de dormir - A alimentação durante a noite merece atenção especial. Não apenas por questões de peso, mas é recomendável o consumo de pequenas quantidades de alimento pouco gorduroso e cerca de uma hora e meia antes de dormir, no máximo. Além disso, é contraindicado consumir álcool pois ele desregula o sono e otros tipos de líquidos podem acarretar várias idas ao banheiro e um sono interrompido.
 
 Contatos com outras fontes luminosas (notebook, tablet, smartphone) - Nestes casos, Leandro Teles é claro: não pode. “São equipamentos de uso muito mais próximo ao rosto e de iluminação intensa. Além disso, a interação com eles não é passiva, é ativa! Isso dificulta muito as pessoas a adormecer nos dias de hoje, são jogos, redes sociais, e-mail, vídeos, tudo ao alcance dos dedos. Se queremos dormir bem é fundamental nos desconectarmos pelo menos 45 minutos antes do horário desejado.
 Dormir com a TV ligada - A questão da TV ligada é mais polêmica do que parece. Isso porque, segundo o especialista, ao mesmo tempo que assistir à televisãoé uma atividade passiva ideal e indutora do sono, uma vez que desliga o cérebro dos problemas do dia a dia; por outro lado o aparelho televisivo emite uma luz que inibe a liberação de melatonina (hormônio do sono), que sinaliza ao cérebro que não é hora de dormir. Além disso, o ruído constante torna o sono superficial. Diante disso, para aqueles que fazem questão de adormecer com a telinha ligada fica a recomendação de daixar o som baixo, a iluminação reduzida e assistir distante da tela.
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Nem sempre o que queremos, é o melhor...

Os olhos da garota vasculhavam o espaço vazio a sua volta. O som dos pingos da chuva caindo sobre os telhados vizinhos era inebriador.
 
A penumbra do começo da noite refletia o brilho dos faróis dos carros quando estes passavam pela rua e desenhavam formas estranhas e sinistras nas paredes do quarto.
 
Com os olhos fechados a garota escutava música.
 
De repente abriu os olhos “E se eu conversasse com ele?” até que seria uma boa opção pensou...
 
Levantou-se de sua letargia, se espreguiçou e correu para o computador, com os dedos ávidos percorreu as teclas do teclado emitindo um som suave e ritmado. Levou menos de um minuto para localizar o que precisava: o site oficial da banda. Olhou a agenda de shows e notou que os dois mais próximos seria amanhã e sábado, mais que depressa comprou seus ingressos e aguardou ansiosa o resto da noite.
 
Na manhã seguinte tratou de descobrir se ele iria ao show e que feliz coincidência, ela também estaria lá.
 
A parte da tarde foi só de preparativos, comprou uma roupa nova para o show, fez hidratação nos cabelos, mudou a cor do esmalte e por fim se arrumou. Não cabia em si de tanta felicidade. Combinaram de encontrar-se na portaria, antes de adentrar o local.
 
Ela realmente estava muito bonita, já havia recebido muitos elogios comprovando, porém o único elogio que valia a pena ela não escutou a noite inteira.
 
Durante o show algo de inusitado aconteceu... O vocalista da banda parecia que de vez em quando olhava para o lado onde ela estava... Será? Tentou não pensar nisso para não se decepcionar, mas por mais que insistisse em não olhar para ele, seus olhares sempre se cruzavam.
 
“Só pode ser piada” pensou... “Onde já se viu fantasiar com algo completamente impossível, tantas garotas lindíssimas por aqui e ele iria se interessar justamente por mim?”
 
Continuou com este pensamento até o final do show quando na saída foi abordada por um dos seguranças que ficavam bem próximos ao palco, impedindo que algum fã afoito subisse.
 
No começo ela ficou meio preocupada, desconfiada, mas aí, ele apareceu no canto da porta e a chamou, acenando por trás da cortina. Meio encabulada ela se aproximou, colocou o cabelo atrás da orelha e sorriu totalmente sem jeito. Conversaram por mais ou menos quarenta e cinco minutos quando ela avisou que precisava ir, pois o horário já estava bem avançado. Então ele chamou o seu motorista e pediu que ele a levasse até em casa. Combinaram de se encontrar no sábado, seria o mesmo show que ela também já havia comprado o ingresso.
 
Voltou para casa pisando nas nuvens...
 
Mas mocinha, já está enamorada por outro? E ao que ela respondeu “Eu não sei, só sei que não posso perder esta oportunidade”.
 
E o seu amigo?
 
“Que amigo... Rs...”
 

Crônica sobre o pequeno choro

Um temporal desabava lá fora e ele não se importava, pois dentro dele sempre houve nuvens de chuva carregadas, rompeu o portão da sua casa, andou ensopado até seu quarto, trancou a porta a casa sempre parecia mais bela quando todos dormiam.

Sentou na velha escrivaninha de madeira, acendeu uma ou duas velas, para o quarto ficar mais acolhedor, olhou e viu que tudo ficava mais belo iluminado pelo fogo, ele podia ver seus livros, Bukowski, Machado de Assis, Kerouac e também seu amado Don Quixote, todos ali, olhando para ele com aquele olhar de alento e ternura, homens que entendiam o seu doer solitário.

Sentou, sabia o que deveria fazer, chamou Tom com sua " Luiza " e Elis com sua " Fascinação ". Ele explodiu em pequenos espasmos, as lágrimas foram caindo no chão de madeira, o choro era pelo chorar, por que era poético, por que sua alma ficava mais bela quando as lágrimas desciam em seu balé, por que precisava, por que admirava as lágrimas rolando e com isso sabia que existia pureza dentro dele.

Quando peso ficava insuportável, fracassos, amores improváveis, desilusões mais do que diárias, ele tinha esse pequeno ritual, abraçado pelas vozes, pelos imortais, que ali estavam com suas letras, e a noite ficava banhada de chuva, dentro de um quarto a luz de velas.

Como é poético o chorar só.