sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Somos reflexo de tudo o que lemos e/ou assistimos

Hoje, quando estava indo trabalhar, ao atravessar a avenida uma mulher que estava parada na calçada, pediu para eu atravessá-la porque ela não enxergava. Eu parei, pensei rapidamente e claro, estiquei meu braço, ela o segurou e atravessamos a avenida juntas, a deixei no meio da calçada e atravessei novamente.

Agora vocês devem estar pensando, porque eu parei e pensei, a coisa correta a se fazer é ajudar, certo? Mas... Alguém assistiu o documentário do Ted Bundy na Amazon Prime? Ou assistiu o filme " O Silêncio dos Inocentes"?  Por coincidência, assisti o documentário ontem e vi o filme hoje, então, tudo está muito nítido na minha cabeça ainda, e o que mais me chamou a atenção foi, que todas as mulheres o ajudaram, tipo, elas, mesmo não querendo, acabavam ajudando e aí se tornaram vítimas. Ele chegava, geralmente com faixas no braço ou pulso e pedia ajuda para fazer algo, às vezes até de muletas ele estava e pedia ajuda para carregar o galão de gasolina até o carro, que sempre estava do outro lado da rua e elas ajudavam, porque mulher ajuda, e igual no filme, o Buffalo Bill quando está de olho na próxima vítima e ela para o carro e desce com as compras, o que ele está fazendo? Tentando colocar uma poltrona SOZINHO, com o braço "engessado", tarde da noite em uma caminhonete. Primeiro que eu correria e entraria na minha casa, sério, não ajudaria um cara tarde da noite, ou, durante o dia, ainda mais se o lugar estivesse deserto.

Então, já devem ter imaginado o que eu pensei na hora kkkk, mas era de manhã, a avenida movimentada, os carros parados na faixa de pedestres e a senhora, era uma mulher que eu olhei bem no rosto dela e tinha os olhos turvos, mesmo assim, nos dias de hoje pessoas mal intencionadas usam destes artifícios para pegar sua vítimas, mas, eu a ajudei! Sorte? Talvez, mas acreditei realmente que ela era cega e precisava da minha ajuda, ela agradeceu e continuou o seu caminho e eu o meu.

Outra coisa que eu sempre falei para a minha amiga quando íamos ao Shopping Light, no centro de São Paulo, que é em um prédio que em anos passados foi o prédio da companhia de energia elétrica, é enorme e tem uns corredores laterais onde as escadas de emergência ficam. Qual era a minha queixa? Eu nunca queria descer por ali porque são escuras, vazias e longas e possuem vários lances, só de andares são 4, então já devem imaginar como são as escadas. Eu sempre penso que no meio de algum lance, onde está mais escuro e solitário, pode ter alguém e assaltar, ou fazer coisa pior, não concordam? É um local que as pessoas não costumam utilizar, então, porque cargas d'água eu vou me aventurar em um lugar assim? Ela sempre dizia que isso era reflexo dos filmes e livros que assisto e leio kkkk, pode ser? Pode, mas me deixam mais responsável e sou agradecida por eles...

Então, quando forem ajudar alguém a atravessar a rua, ok, mas, se for ajudar alguém a colocar um móvel em um caminhão, ou descer um lance de escadas com sacolas de compras, ou qualquer outro tipo de coisa, é bom pensar mais de duas vezes e ponderar se realmente é seguro. 

Hoje foi engraçado, coitada da mulher, mas me lembrei imediatamente do documentário e da cena do filme rs....

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Chuva de Meteoros - Mirian Fidelis Guimarães

Aproveitando o ensejo de que hoje a partir das 20h00 teremos uma chuva de meteoros...

Participei de uma antologia muito bacana, onde os contos eram baseados em três grandes autores Stephen King, Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft. Meu conto, é óbvio foi baseado no conto "O Dedo Semovente" do Stephen King, abaixo um trechinho...


"Avistei um monte de terra fofa, que estava deslizando como se tivesse algo embaixo tentando sair, duas pontas pequenas de uma distância de no mínimo 10 centímetros entre elas, pareciam surgir.

Curiosa eu me abaixei e cutuquei com a ponta do dedo indicador. Senti algo firme e levemente pontudo. Os montinhos de terra continuavam a subir, até que surgiu a ponta de um sapato. Olhei algum tempo para ele e constatei que era masculino, antiquado e de couro preto, com a ponta meio esfolada, como se tivesse sido muito usado.

O pânico congelou o grito em minha garganta enquanto aquele par de sapatos de fivela cromada brotava da terra como se fosse o caule de uma flor. Era uma visão horrível e medonha, algo macabro, parecia que um morto estava se levantando de seu descanso eterno.

Continuei ali, olhando horrorizada para a terra que se abria cada vez mais para expor aqueles sapatos pretos funestos.

Quando os sapatos ficaram totalmente fora da terra, gritei e, sem pensar, corri em direção da minha casa, rumo à liberdade. para longe daquela sensação desconfortável. Eles, por sua vez vinham a passos lentos atrás de mim deixando marcas de pegadas na terra fofa recém revolvida. O terror aumentava cada vez que aqueles sapatos se aproximavam de mim."


Chuva de Meteoros - Mirian Fidelis Guimarães














quarta-feira, 2 de novembro de 2022

1º dia de finados sem ela...

 Hoje é meu 1º dia de finados sozinha, sem a minha mãe.

Uau, é difícil e dói demais.

Em 43 anos, única vez que fiquei 5 dias seguidos longe dela foi no feriado de carnaval quando ia ao Rio de Janeiro passar com os amigos.

Agora, faz 10 meses que estou longe e a distância só irá aumentar a cada dia...

Filmes separados para distração de hoje se eu conseguir me concentrar, e ficar com a companhia do Loki, meu au au que sempre está do meu lado. Será tudo o que terei hoje.

Me desejem sorte!

Foto no sítio, visitando a vó...



Meu companheirinho que cuidou heroicamente da vovó quando ela esteve doente, até 1º de janeiro deste ano...