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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

O Morro dos Ventos Uivantes: A Paixão que Nunca Morre - Já leu?

Este é o meu livro favorito! Falando sério, já li mais de 10 vezes e nunca enjoo dele. Eu amo a história de Heathcliff e Cathy, amor  e ódio descrevem o enredo.

Se você acha que já encontrou o livro mais intenso da sua vida, é porque ainda não leu O Morro dos Ventos Uivantes. Escrito por Emily Brontë em 1847 e em 1848, infelizmente nossa querida Emily veio a falecer, nos deixando essa obra-prima. É um verdadeiro furacão de emoções, onde amor e ódio se entrelaçam em uma história tão sombria quanto apaixonante. E, se você já leu, sabe exatamente do que estou falando - Heathcliff e Catherine são o casal que redefine o que é amor tóxico, e você vai querer discutir cada detalhe com seus amigos (ou até desconhecidos, porque esse livro merece).

Mas o que faz O Morro dos Ventos Uivantes ser tão especial? Além de ser um clássico da literatura gótica, ele é o tipo de livro que te deixa pensando por dias, meses, ou até anos depois de terminar, já entendeu porque o li mais de 10 vezes, certo? É impossível não se envolver com as personagens e suas paixões avassaladoras, que parecem transcender até o tempo e a própria morte.

Kate Bush leu o livro aos 18 anos e ficou impactada com a história, e em 1970, ao assistir o filme pela TV, na mesma noite, compôs a mais bela canção de todas Wuthering Heights, lançada em 1978, oito anos mais tarde, fazendo a música ser uma das mais tocadas nas rádios, e rapidamente chegando ao topo em todo o mundo.

Se você ainda não mergulhou nesse redemoinho de sentimentos, agora é a hora! E se já leu, que tal reler e redescobrir novas camadas que talvez tenham passado despercebidas?

Que tal um DESAFIO: depois de ler (ou reler) O Morro dos Ventos Uivantes, venha compartilhar suas impressões comigo, aqui nos comentários. Quero saber como lidou com esta montanha-russa emocional! Faça uma discussão literária com seus amigos, e aí, quem você acha que é o verdadeiro vilão da história?


Não deixe de seguir o blog para mais resenhas, discussões e curiosidades sobre clássicos e novas obras que vão mexer com sua cabeça e coração. E se você está pronto para se perder no drama do Morro dos Ventos Uivantes, clique AQUI e garanta já o seu exemplar! Vamos juntos explorar os mistérios e as paixões desse romance inesquecível!















sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

Ok, sou suspeita! Todos que me conhecem sabem que já li este livro mais de dez vezes, que é o meu favorito e que tenho 3 versões do filme. A primeira versão de 1939 em preto e branco que só conta a história de Heathcliff e Cathy. A versão de 1992 fiel ao livro e que eu adoro, só alguns detalhes me incomodam, como os olhos dele (quem leu entenderá a alusão) e a de 2009 bem mais extensa. Boa, mas não a minha favorita rs...

O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico publicado em 1847. É uma história de amor e ódio tão intensa que muita coisa poderia ter sido revertida se suas personagens não fossem tão orgulhosas.

Heathcliff chega a família Earnshaw causando desconforto em todos, menos no patrão. Hindley o único filho homem odeia a criança cigana e suja que o Srº Earnshaw trouxera para casa depois de o encontrar perdido pelas ruas de Liverpool. O patrão o adorava, Cathy também, somente Hindley, sua mãe e os empregados o detestavam. O pobre cresceu desfrutando de todas as regalias como as outras crianças, até o dia em que o
patrão adoeceu e morreu e aí sua vida mudou drasticamente.

Dormia no estábulo, fora obrigado a parar de aprender a ler e escrever, mas Cathy o ensinava mesmo assim, eles tinham uma ligação muito forte. Ela o amava tão ferozmente que estava disposta a passar por cima de tudo e todos para ficarem juntos, só que em um dia, enquanto espiavam os Lintons pela janela o cachorro a mordeu e ela foi obrigada a passar alguns dias lá para sua recuperação.

Voltou mudada, em roupas caras, perfumada e completamente arrogante, se é que poderia tornar-se mais. Mandando nos criados e fazendo gozação com o estado imundo em que Heathcliff se encontrava. Ela havia conhecido Edgar Linton e reparado no contraste gritante entre ele e seu amigo. Ela queria ser rica, mas também queria ajudar Heathcliff. Ela o amava, já Edgar ela tolerava. Queria ser a senhora mais rica da região, mas não amava Linton. Ele tinha cabelos e olhos claros, era bonito e sua pele era delicada como de uma moça, já Heathcliff tinha os olhos negros e misteriosos, era viril, alto e de cabelos escuros e lisos como um cigano.

Casar-se com Linton a tornaria na mulher mais respeitável, casar-se com Heathcliff a rebaixaria já que Hindley o havia humilhado de todas as formas possíveis, o tornando em um trabalhador braçal, sem instrução e com péssimos hábitos.

E foi em uma noite chuvosa enquanto ela conversava com Nelly e esta fazia Hareton dormir, após a morte da de sua cunhada Francisca, que Catherine diz não ser ela, mas sim Heathcliff, que o amava com todas as forças e não suportaria viver sem aquele amor, mas que havia aceitado se casar com Edgar porque se casar com Heathcliff seria degradante demais.

Ele escuta esta declaração e foge no meio da chuva ficando longe por três longos e intermináveis anos. Quando ele retorna, encontra uma Catherine casada, rica, feliz e esnobe. O fato de Cathy e Heathcliff maltratarem Linton em sua própria casa e o provocar me irrita rs... O fato de Heathcliff casar-se com Isabella para provocar o irmão, engravidá-la e desprezá-la me irrita muito mais.

Ele era amargo, vil, astuto e sabia tirar proveito das pessoas se apossando de suas riquezas, porém não roubando, mas de certa forma tomando para si. O que machuca é pensar na pobre alma desesperada de Cathy, presa em sua cadeia de luxo feita por ela mesma e para quê? Ela nunca devia ter permitido Heathcliff se aproximar tanto quando retornou a Wuthering Heights, não devia ter deixado ele cuidar de Hareton transformando a criança no mesmo ser desprezível que ele era.

O amor doentio de ambos é asfixiante, não é natural. É destrutivo e por conta deste amor uma geração inteira é perdida. Se a criação de Heathcliff continuasse como era na época do patrão, creio que a história seria bem diferente, e ele e Cathy seriam felizes e não teriam a intromissão dos Linton, também se isto acontecesse a história não seria um clássico sendo lida até os dias de hoje e ganhando tantas versões cinematográficas.

Li depois a continuação, também mais de dez vezes escrita por Lin Haire-Sargeant O Retorno ao Morro dos Ventos Uivantes onde ela conta por onde ele andou durante os três anos em que esteve longe, como conseguiu sua riqueza e os modos de cavalheiro, vale muito conhecer esta história também. Como disse, sou suspeita, amo este livro <3

Minha versão preferida <3 Ralph Fiennes <3