Tive algumas teorias
em determinada parte da narrativa, absorvi tudo avidamente para enfim entender
a história e fiquei feliz e extremamente triste com o desfecho.
Este livro tocou-me de uma forma que
não consigo explicar, talvez por querer que algo na minha vida acontecesse como
na vida de Rachel e surgisse uma segunda alternativa para mim, como uma fenda,
sabe continuum espaço-tempo?
Fiquei e fico imaginando se algo tão
bom pudesse acontecer, acordaria deste pesadelo e viveria em uma realidade
paralela...
Nossa heroína sofre um acidente aos
18 anos com sua turma de amigos e é salva por seu melhor amigo que acaba
perdendo sua vida, ela vive com um grande sentimento de culpa por Jimmy ter feito
o que fez, mas ele sacrificou-se por amor e demorou muito tempo para que ela
entendesse e aceitasse este fato.
Cinco anos mais tarde, ela se
encontra na difícil decisão de voltar à sua antiga casa para festejar o casamento
de sua melhor amiga Sarah, onde toda a turma estará presente com exceção de
Jimmy.
Rever o ex-namorado da adolescência
que a traiu com a “amiga” traz um pouco das lembranças daquela triste época,
mas o que mais dói é a falta de Jimmy no meio deles.
Como num passe de mágica, depois de
uma fortíssima dor de cabeça que a faz perder os sentidos sobre a sepultura de
Jimmy é que sua vida ganha sentido, um sentido meio estranho, com lacunas em
branco, mas um sentido como nunca houvera antes.
Acordar no hospital e ouvir a voz de
Jimmy real, viva e cristalina em seus ouvidos é um sonho. Fazer parte desta
realidade é um fato.
Nada é o que parece ser para Rachel
que tem informações de sua outra vida, aquela em que ela não fez jornalismo,
não está mais com Matt e possui uma cicatriz na face que desce da testa até a
bochecha. Na sua vida atual ela trabalha em uma revista famosa, está noiva de
Matt e Jimmy está vivo e lindo e seu pai não está doente com câncer... Como
assim? É um sonho?
E em meio a desencontros,
rompimentos, descobertas e lapsos de memória, Rachel começa a montar a
continuação de sua vida ao ser diagnosticada com amnésia, a perda de cinco anos
de sua vida deixa espaços enormes e ela junto com Jimmy está disposta a desvendar.
O fim não poderia ser mais perfeito,
se não fosse triste o suficiente para triturar meu coração e me fazer lembrar
de algo tão similar.
Uma Curva no Tempo é um livro lindo,
delicioso de ler e que nos faz pensar e refletir nas coisas que realmente
importam e deixar de lado as que não importam.
Fiquei com o coração apertado e com
uma vontade imensa de chorar, mas com certeza este livro entrou para a lista
dos meus preferidos.
Recomendadíssimo!!!