Você sabe qual é o mal das pessoas? É acharem que sabem tudo sobre você, quando, na realidade, sabem apenas uma pequena porção de coisas que você falou ou que elas ouviram sobre você — e que, na maioria das vezes, nem foram ditas por você!
Nem sempre o que ouvem por aí, ou o que veem, ou melhor ainda, “interpretam” sobre você é a verdade. Sabe, falam de coisas como se soubessem das lutas que você travou ou dos traumas que você viveu, porque é muito mais fácil falar sobre o que se acha ser o certo do que realmente ser.
E o pior é que você explica o que fez, você fala que resolveu dentro do prazo — porque, na vida, existem regras, prazos e tempos determinados para as coisas — e, mesmo assim, as pessoas duvidam de que você esteja falando a verdade. E por qual motivo você mentiria sobre algo que você realizou, idealizou, gastou o seu tempo e que, no final, não deu certo? Não por sua culpa, mas porque o que havia para ser feito foi feito, e, mesmo assim, a resposta foi “não”.
As pessoas são estranhas. Elas não aceitam opiniões diferentes das suas, tentam impor sua maneira de pensar e, se a outra parte não aceita, simplesmente surtam, tentam coagir, ameaçam.
As pessoas estão escutando áudios em velocidade rápida porque não têm paciência de ouvir na velocidade normal. Já percebeu? Você acha isso normal e natural? Eu não acho. Ninguém é tão ocupado ao ponto de precisar escutar áudios acelerados. Sabe por quê? Porque, quando essa mesma pessoa está conversando com alguém, ela é obrigada a escutar o interlocutor em ritmo normal, sem adiantar. Percebe como as pessoas estão fazendo coisas que prejudicam a si mesmas e usam a desculpa de que “não têm tempo”?
Ninguém é tão ocupado que não consiga responder uma mensagem enquanto está olhando as mídias sociais. Você não concorda? Se está olhando, logo está com tempo para essa tarefa. Então, responder uma ou duas mensagens não sairia do seu “cronograma”, compreende? É mais fácil inventar desculpas esfarrapadas do que, de fato, realizar uma tarefa simples e corriqueira.
As pessoas estão perdendo o bom senso, a forma de interagir com os outros. Estão lendo sem interpretar o texto, muitas não sabem mais como iniciar e manter uma conversa, não sabem mais se portar em público, tratar uma autoridade… Estão se tornando cada vez mais obtusas.
E não era para ser dessa forma. Com a tecnologia em alta e com seus grandes avanços, com todas as informações a um clique na palma da mão, as pessoas deveriam estar crescendo junto, absorvendo todo o aprendizado entregue de lambuja. Mas o que estão fazendo? Estão se encolhendo, entrando dentro de suas ostras, se embrutecendo — e nem percebem.
