Entrou pela porta da sala e jogou a bolsa na cadeira ao lado do aparador. Foi despindo-se na direção do banheiro, largando as roupas pelo caminho. Estava suada e completamente encharcada por conta da tempestade que chegou de repente.
O digital do relógio marcava 16:00 p.m. e o céu estava tão escuro que parecia noite feita.
A última peça de roupa era arremessada longe no fundo do corredor, bateu na arandela e ficou pendurada.
Já no chuveiro sentia a água morna escorrer por todo o seu corpo, que enorme diferença, lá fora a água era gelada e pontiaguda parecendo espinhos.
Usou seu sabonete preferido de baunilha, lavou os cabelos, enxugou-se e enrolou-os em uma toalha. Resolveu secá-los lá mesmo no banheiro, passou o creme antiidade no rosto e abriu a porta.
Sentou-se no sofá já com sua camisola de seda longa e vermelha, as unhas das mãos e pés estavam pintadas da mesma cor, um vermelho forte, sensual e fascinante.
Ouviu um barulho atrás de si como se houvesse alguém andando devagar, o som dos passos era abafado e pesado.
Virou-se. Olhou ao redor e voltou a contemplar o esmalte vivo das mãos.
Lá fora a chuva havia ficado mais forte.
Foi até a cozinha tomar um copo de água e notou marcas de sapato no piso branco, olhou para trás imediatamente e viu um vulto esgueirar-se pelas sombras, pegou a caçarola de cobre que estava próxima e caminhou devagar até a porta de saída... A chave não estava mais em cima do aparador como de costume e muito menos na própria fechadura. O coração começou a bater desenfreado, o suor escorrendo pelo rosto, pescoço e indo encontrar-se no meio dos seios. As mãos estavam geladas e trêmulas... E agora?
Por trás da cortina de organza creme viu o bico dos sapatos, enormes sapatos masculinos.
Foi caminhando bem devagar e ao chegar perto bateu com toda a sua força no relevo atrás da cortina conseguindo quebrar a luminária que estava ali escondida.
No mesmo instante sentiu algo em seu pescoço sufocando-a, os olhos pareciam estar esbugalhados e lacrimejavam, não conseguia gritar, apenas arfava tentando sugar o oxigênio a sua volta, com as mãos trôpegas, apalpava a cortina tentando libertar-se daquilo que a sufocava.
As pálpebras foram ficando pesadas, os dedos já afrouxavam da cortina em sua ânsia de libertar-se, a cabeça pendeu para o lado e o corpo imóvel tombou no tapete macio abafando o som do impacto.
Lá fora a chuva continuava a cair só que agora era um murmúrio silencioso e aconchegante, propício para dormir ou divagar por horas.
O digital do relógio marcava 16:00 p.m. e o céu estava tão escuro que parecia noite feita.
A última peça de roupa era arremessada longe no fundo do corredor, bateu na arandela e ficou pendurada.
Já no chuveiro sentia a água morna escorrer por todo o seu corpo, que enorme diferença, lá fora a água era gelada e pontiaguda parecendo espinhos.
Usou seu sabonete preferido de baunilha, lavou os cabelos, enxugou-se e enrolou-os em uma toalha. Resolveu secá-los lá mesmo no banheiro, passou o creme antiidade no rosto e abriu a porta.
Sentou-se no sofá já com sua camisola de seda longa e vermelha, as unhas das mãos e pés estavam pintadas da mesma cor, um vermelho forte, sensual e fascinante.
Ouviu um barulho atrás de si como se houvesse alguém andando devagar, o som dos passos era abafado e pesado.
Virou-se. Olhou ao redor e voltou a contemplar o esmalte vivo das mãos.
Lá fora a chuva havia ficado mais forte.
Foi até a cozinha tomar um copo de água e notou marcas de sapato no piso branco, olhou para trás imediatamente e viu um vulto esgueirar-se pelas sombras, pegou a caçarola de cobre que estava próxima e caminhou devagar até a porta de saída... A chave não estava mais em cima do aparador como de costume e muito menos na própria fechadura. O coração começou a bater desenfreado, o suor escorrendo pelo rosto, pescoço e indo encontrar-se no meio dos seios. As mãos estavam geladas e trêmulas... E agora?
Por trás da cortina de organza creme viu o bico dos sapatos, enormes sapatos masculinos.
Foi caminhando bem devagar e ao chegar perto bateu com toda a sua força no relevo atrás da cortina conseguindo quebrar a luminária que estava ali escondida.
No mesmo instante sentiu algo em seu pescoço sufocando-a, os olhos pareciam estar esbugalhados e lacrimejavam, não conseguia gritar, apenas arfava tentando sugar o oxigênio a sua volta, com as mãos trôpegas, apalpava a cortina tentando libertar-se daquilo que a sufocava.
As pálpebras foram ficando pesadas, os dedos já afrouxavam da cortina em sua ânsia de libertar-se, a cabeça pendeu para o lado e o corpo imóvel tombou no tapete macio abafando o som do impacto.
Lá fora a chuva continuava a cair só que agora era um murmúrio silencioso e aconchegante, propício para dormir ou divagar por horas.