Todos
sabem que eu amo o Stephen, sabem que aprecio muito sua escrita e que a loucura
de seus filmes me agrada demais.
Saco de Ossos é um livro que estava
querendo ler há muito tempo, mas muito tempo mesmo e depois que eu soube que fizeram
uma minissérie, fiquei mais ansiosa para conhecer.
Comecei a ler e amei o começo, a
história de um escritor famoso, casado, que possui uma cabana onde costuma passar
as férias, até aí tudo ótimo.
Sua esposa, certo dia enquanto
atravessava a rua se assustou, algum vaso se rompeu em seu cérebro e ela caiu morta
de cara no asfalto fervente de um dia de verão.
O desenrolar da história vai bem, a
voz de Jo que ele continua escutando dando conselhos e advertências para ele, o
processo do luto, o funeral, a casa vazia e a descoberta de que Johanna estava
grávida só contribui para nos deixar com pena por Mike Noonan.
Depois de 4 anos da morte de Jo,
Mike ainda está no período de luto e o que nunca deveria acontecer acontece. Ele
simplesmente não consegue mais escrever e para um profissional da escrita isto
nunca deveria acontecer. Por sorte ele possui alguns manuscritos em um cofre, o
que o ajuda muito durante este tempo, pois ele tem exatamente a quantidade
necessária de manuscritos para suprir seu bloqueio literário sem que ninguém
perceba e com isto seus livros continuam sendo publicados periodicamente, deixando
a editora feliz por ele estar cumprindo com sua obrigação.
Ele desenvolve uma certa repulsa por
escrever, todas as vezes em que senta no computador e abre o word é como se o
seu estômago se revirasse e ele acaba esvaziando todo o seu conteúdo no cesto
de lixo. Fica nervoso, com palpitações, falta de ar e parece que vai morrer,
será que nosso Mike continuará assim para sempre? Logo, surge uma idéia que a
princípio não o agrada muito, mas pode dar certo. Estava conversando com o seu
editor que o pressiona pelo livro novo, 80% concluído antes da morte de Jo e
que não saia mais do lugar. Ele vai até Sara Laughs, a casa de veraneio deles
em Dark Score Lake para tentar escrever e nesta parte da história que tudo
começa a acontecer de fato.
Mike descobre que Sara Laughs é
assombrada não por um, mas por vários fantasmas. Fantasmas que mexem com as
coisas a sua volta, que tocam o sino pendurado no pescoço de Bunter, o alce
americano que fica sobre a lareira da sala, que penetram em seus sonhos, que
deixam mensagens escritas com as letras de plástico na geladeira como se fosse
um tabuleiro ouija.
Mas por pior que tudo possa parecer,
é exatamente neste cenário de horror, onde ele acorda com o choro de criança e
com gritos aterrorizados de Jo pela casa, que ele consegue voltar a escrever.
No meio da trama me perdi um pouco,
achei meio confuso e cansativo a parte que ele descreve os antigos moradores, Sara
Tidwell que apesar de ter sua banda e todos conhecerem suas músicas, nunca
chegou a gravá-las. As partes que fala da rodovia e quando Devore aparece em
seus sonhos que na verdade faz parte da realidade, achei meio chato, mas são coisas
loucas de King rs...
Eu gostei muito do livro. Fiquei
penalizada com o que aconteceu com Mattie, meu coração ficou apertadinho
apertadinho por conta da Kia, mas no final gostei muito do desfecho.
É claro que existem mil reviravoltas
na trama, as partes que descrevem os fantasmas que habitam na casa são muitas,
os sonhos dele também são constantes então nesta história o que mais tem é
enredo. Gostei muito é claro, mas não é um dos prediletos, acho que esperei
demais kkkkk tirem suas próprias conclusões.