Povo de roça, sempre tem algo assustador para contar. Desta vez a história se passou com o pai da minha mãe, ou seja, meu avô.
Vô José, este era seu nome. Como mencionei anteriormente, minha mãe morava em um sítio afastado. Minha vó ficava em casa com seus oito filhos pequenos enquanto meu avô passeava por aí pelo bailes da vida. Costumava chegar muito tarde, sempre de madrugada, vinha montado em seu cavalo, andava armado com um facão.
Passava por entre as árvores silenciosas e escuras na calada da noite, vinha só, ele e o cavalo no meio do breu, de vez em quando alguém passava por ele em sua carroça ou a cavalo. Ele não se importava, já estava acostumado a andar pela madrugada na noite escura. A estrada de terra batida era sua conhecida.
Ele passava pelo meio do cafezal e ouvia uivos distantes, não se amedrontava facilmente. Vez ou outra algum animal passava na frente do cavalo saindo de um lado da estrada para cruzar o outro lado, nestas situações, o cavalo bufava e estancava, depois continuava seu caminho.
Esta noite estava tudo meio diferente, a lua não brilhava cheia no céu iluminando a estrada, estava uma noite escura e sem luar, as estrelas também não estavam presentes, no lugar delas, as nuvens escuras e gordas como algodão passavam apressadas na frente da lua que tímida não conseguia iluminar quase nada.
Do meio do mato não se ouvia sons, os pássaros não estavam cantando, devia ser por conta do frio que realmente estava muito forte. O vento passava por entre as árvores e zunia alto e fino. Vô José estava ereto em cima do cavalo enrolado em seu casaco com o chapéu na cabeça.
Lá pelas tantas avistou algo no meio da escuridão, vinha em sua direção e ele não conseguia identificar bem o que era. A estranha aparição continuou a vir para o lado dele e o cavalo como era de se esperar resolveu empacar.
Ao se aproximar mais José viu que a estranha figura era na verdade quatro pessoas carregando uma cama com uma quinta pessoa deitada nela. Traziam a cama na direção dele e o cavalo aflito empinava-se e não passava. Ele tentou de todas as formas fazer com que o pobre animal avançasse sem sucesso algum. Por fim, pegando o chicote, chicoteou a anca do cavalo tão forte que este deu um salto alto e disparou estrada afora.
Ele nunca soube explicar o que vira aquela noite na estrada, mas uma coisa é certa... Nunca mais voltou para casa tarde daquele jeito.
Vô José, este era seu nome. Como mencionei anteriormente, minha mãe morava em um sítio afastado. Minha vó ficava em casa com seus oito filhos pequenos enquanto meu avô passeava por aí pelo bailes da vida. Costumava chegar muito tarde, sempre de madrugada, vinha montado em seu cavalo, andava armado com um facão.
Passava por entre as árvores silenciosas e escuras na calada da noite, vinha só, ele e o cavalo no meio do breu, de vez em quando alguém passava por ele em sua carroça ou a cavalo. Ele não se importava, já estava acostumado a andar pela madrugada na noite escura. A estrada de terra batida era sua conhecida.
Ele passava pelo meio do cafezal e ouvia uivos distantes, não se amedrontava facilmente. Vez ou outra algum animal passava na frente do cavalo saindo de um lado da estrada para cruzar o outro lado, nestas situações, o cavalo bufava e estancava, depois continuava seu caminho.
Esta noite estava tudo meio diferente, a lua não brilhava cheia no céu iluminando a estrada, estava uma noite escura e sem luar, as estrelas também não estavam presentes, no lugar delas, as nuvens escuras e gordas como algodão passavam apressadas na frente da lua que tímida não conseguia iluminar quase nada.
Do meio do mato não se ouvia sons, os pássaros não estavam cantando, devia ser por conta do frio que realmente estava muito forte. O vento passava por entre as árvores e zunia alto e fino. Vô José estava ereto em cima do cavalo enrolado em seu casaco com o chapéu na cabeça.
Lá pelas tantas avistou algo no meio da escuridão, vinha em sua direção e ele não conseguia identificar bem o que era. A estranha aparição continuou a vir para o lado dele e o cavalo como era de se esperar resolveu empacar.
Ao se aproximar mais José viu que a estranha figura era na verdade quatro pessoas carregando uma cama com uma quinta pessoa deitada nela. Traziam a cama na direção dele e o cavalo aflito empinava-se e não passava. Ele tentou de todas as formas fazer com que o pobre animal avançasse sem sucesso algum. Por fim, pegando o chicote, chicoteou a anca do cavalo tão forte que este deu um salto alto e disparou estrada afora.
Ele nunca soube explicar o que vira aquela noite na estrada, mas uma coisa é certa... Nunca mais voltou para casa tarde daquele jeito.