Quando
começamos esta continuação de “A menina que não sabia ler” encontramos Florence
em uma instituição para doentes mentais. Depois de tudo o que ela causou na
casa do tio, era mais do que evidente que sua mente transtornada e sempre
alerta não devia funcionar 100% como dos demais.
A narrativa é bem interessante, não
conseguimos dizer ao certo o que Jack Wells é logo de início, mas com as
descrições de seus pensamentos e de suas ações entendemos um pouco, pelo jeito
ele é um ator falido que já interpretou algumas peças, porém existe algo selvagem
em seu passado, algo de que ele tenta fugir, mas que sempre o arrasta para
baixo novamente e ele acaba cedendo duas vezes porque na terceira o feitiço se
torna contra o feiticeiro.
O’Reilly é uma funcionária fria, com
aspecto carrancudo que parece pressentir que no fundo Jack Wells não é quem ele
diz ser. Um acidente de trem dá uma segunda chance a Wells, ele rouba a
identidade do Drº Shepherd e vai parar na instituição que Florence se encontra.
Morgan, o responsável pela
instituição dirige a mesma com mão de ferro, não consegue entender que raio de “Tratamento
Moral” o Drº Shepherd utiliza e o questiona, ele é totalmente contra este tipo
de tratamento alegando que não funciona, que cérebros danificados não possuem
remédio.
Finalmente Morgan cede e Shepherd
começa uma experiência com Florence que na instituição é chamada de Jane Pomba
porque ninguém sabe o seu verdadeiro nome, pois ela “deslembra” o seu nome, sua
origem, o motivo que a levou até ali e tudo mais que gira em torno de si.
É interessante como a narrativa se
desdobra todos os altos e baixos e é impossível não se sentir incomodada com o
tratamento desumano que é dado às pacientes, para se ter uma idéia geral dos “tratamentos”
a hidroterapia é uma banheira com água gelada na qual a paciente fica submersa
apenas com a cabeça para fora, amarrada e com uma espécie de lona por cima no
mínimo 3 horas... E a sala do dia? Uma sala na qual ficam sentadas sem nenhuma janela
para olhar para não ter distrações aguardando o horário da refeição que é pouca
e nada apetitosa. Fiquei com receio se eu terminaria de ler ou não, mas
continuei porque adorei o primeiro e o segundo é igualmente bom, só as partes
que fala dos tratamentos e da reação delas me incomodaram bastante.
Morgan possui um segredo que apenas
O’Reilly conhece, mas que Shepherd irá descobrir futuramente.
Florence também descobre coisas
importantes que usará a seu favor e diferente do que todos pensam ela sabe ler,
desde o primeiro livro sabemos que ela é uma autodidata muito esperta,
inteligente, cruel e fria. O que será que Florence vai fazer?
E O’Reilly que com toda a sua rudeza
e arrogância ganha em troca?
Será que descobrem a verdadeira
identidade de Shepherd e o que ele estava indo fazer naquele trem que sofreu o
acidente no qual ele roubou a identidade de outra pessoa?
Sugiro que você leia e tire suas
próprias conclusões porque no momento “deslembro” do desfecho rs...
Boa leitura!!!
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