Já
imaginou se durante um cruzeiro com sua família de repente você escutasse um
som envolvente, uma música doce que a fizesse esquecer de tudo e apenas se
jogar no mar? E se ao seu lado pessoas sorridentes corressem para o nada
desejando ardentemente atender ao chamado? E se visse seus próprios pais
fazendo o mesmo e não pudesse impedi-los?
Kahlen vê sua vida mudar
drasticamente depois que encontrou duas garotas lindas no meio do mar enquanto
aquele pandemônio acontecia bem ali ao seu lado. Elas estavam flutuando sobre a
água, ofereciam uma vida nova, sem doenças, machucados ou velhice, parecia boa
demais se não fosse por um único motivo. Deveria esquecer de sua família,
perderia todo e qualquer vínculo com humanos, não poderia usar sua voz para se
comunicar publicamente, apenas para cantar a canção quando chegasse a hora
certa.
Já parou para pensar que a Água além
de ser viva, pode amar? Sim ela pode, tanto que é ela quem cria as Sereias e as
extermina quando não se comportam. É uma espécie de mãe, logo as sereias são
irmãs.
Kahlen não pensou duas vezes, queria
muito viver, estava só, nem sinal de seus pais ou irmãos, estava assustada e só
queria sair o mais rápido possível daquele lugar onde pessoas sorridentes e
sonhadoras afundavam em um mundo desconhecido e úmido ansiando por belezas
inimagináveis.
Como tudo na vida tem um preço, a
vida de Sereia não seria diferente, ao aceitar ser transformada Kahlen deveria
cumprir uma triste sentença de 100 anos sem envelhecer, ficar doente ou
conversar com qualquer mortal, sua voz, agora sua arma letal era venenosa,
bastava um humano escutá-la para atirar-se ao mar sem pestanejar. Viver os 100
anos até seria agradável se a parte ruim não existisse: vez ou outra elas
teriam que cantar quando a Água precisasse se alimentar e isto incidia mais ou menos
de seis em seis meses, desta forma acontecia um naufrágio e assim as vidas
ceifadas salvariam milhares de outras que seriam poupadas pela Água sem
acontecer tsunamis e terremotos, ou, qualquer tipo de catástrofe natural.
Para Kahlen já havia se passado 80
anos, 80 longos anos em que ela chorava por dias depois de cantar, montava
cadernetas com todas as pessoas que afundavam junto com os navios que precisava
aniquilar e desta forma sentia-se uma verdadeira assassina solitária e triste. Nada
a deixava animada e por esta razão ela e suas irmãs Elizabeth e Miaka
mudavam-se constantemente de país. Miaka esquecia sua mágoa nas artes, pintava
séries inteiras e vendia conseguindo um bom dinheiro, já Elizabeth saia com
todos os garotos bonitos que encontrava. Só a pobre Kahlen tinha uma existência
infeliz e solitária.
Então certo dia enquanto estava na
biblioteca da faculdade conheceu Akinli que começou a se interessar por ela,
uma pobre garota linda e muda...
O que será que acontece com os dois?
Ficarão juntos? E se Kahlen em um beijo apaixonado soltasse uma única palavra “uau”
o que aconteceria com Akinli? Como explicar para o irmão dele, Ben e sua
cunhada Julie que queria muito ficar com Akinli, mas para que ele pudesse viver
ela precisasse desaparecer?
Estas e outras informações você
descobrirá acompanhando a penosa jornada de Kahlen e Akinli. Posso contar uma
coisa? AMEI o livro, gostei muito do final e quero sim ler mais livros da Kiera
rs...
Boa leitura queridos...
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